E se ao invés de deixar os canais abertos, deixando o sol evaporar a água, nós os cobríssemos com painéis que sombreassem a água e gerassem energia solar?
A ideia seria extremamente atraente para o nosso caso, imaginem cobrir toda a sobreposição do Velho Chico.
A instalação de painéis solares fotovoltaicos na rede de hidrovias da Califórnia poderia economizar ao estado mais de 200 milhões de litros de água e produzir 13 gigawatts de energia renovável a cada ano, de acordo com um estudo de viabilidade publicado na Nature Sustainability.
O sistema de transporte aquaviário da Califórnia é o maior do mundo, atendendo 35 milhões de pessoas e 2,3 milhões de hectares de terras agrícolas. 75% da água disponível encontra-se no terço norte do estado, enquanto os dois terços do sul respondem por 80% da demanda urbana e agrícola.
Para transportar toda essa água, são necessárias bombas para fazê-la fluir morro acima; consequentemente, o sistema hídrico é o maior consumidor de energia elétrica do estado.
Cobrir os canais com painéis solares fotovoltaicos reduziria a evaporação protegendo-os do sol (além de reduzir o crescimento de plantas que sufocam os canais) e o efeito de resfriamento da água poderia aumentar a eficiência dos painéis solares.
Um benefício adicional é que as terras agrícolas não precisariam ser convertidas ou os habitats alterados para instalar grandes fazendas solares.
Ao cobrir os canais com painéis solares, podemos reduzir a evaporação e evitar a degradação da terra natural e de trabalho, em simultâneo, em que fornecemos energia renovável e outros co-benefícios.
Brandi McKuin, da Universidade da Califórnia, principal autora do artigo.
A engenharia também não seria tão complicada. Uma estrutura de aço pode ser colocada sobre um canal e coberta com painéis.
Na Índia, por exemplo, eles estão experimentando canais solares desse tipo e lançaram um trecho de 40 quilômetros com um custo estimado de 14 milhões de dólares.
E outra excelente ideia seria a cobertura de autopistas com painéis solares, veja abaixo:
Mais informações: http://www.nature.com
