A implementação de sistemas solares em residências oferece perspectivas de economia substancial a longo prazo, particularmente em relação às despesas com eletricidade, apesar do considerável investimento inicial necessário.
Proprietários interessados em adquirir painéis solares devem avaliar o tempo estimado para recuperar o investimento feito nos mesmos, ou seja, o período necessário para que as economias geradas compensem o custo inicial.
Diversos elementos são essenciais para calcular o tempo estimado de retorno dos painéis solares, incluindo as tarifas de eletricidade, o custo total do sistema solar residencial e as economias provenientes de incentivos e subsídios ao investimento em energia solar. Todos esses aspectos serão detalhados a seguir.
Observação: Este texto tem caráter exclusivamente informativo e não visa oferecer orientações contábeis, legais ou fiscais.
Qual é o tempo de retorno do investimento em painéis solares?
Para a maioria dos donos de residências, atualmente é preciso cerca de 3 anos para reaver o investimento em sistemas fotovoltaicos. Por exemplo, se a instalação solar custar R$ 16.000 e você economizar R$ 6.000 anualmente na conta de energia elétrica, o tempo de retorno será aproximadamente de pouco menos de 3 anos (R$ 16.000 dividido por R$ 6.000 igual a 2,66). Essa é uma conta simplória, mas notavelmente é 90% do cálculo.
Em outras palavras, o tempo de retorno da energia solar é o período necessário para que as economias geradas cubram o custo do investimento inicial. É neste momento que se considera que o sistema solar “se pagou”.
É importante considerar vários fatores-chave que afetam o cálculo do tempo de retorno da energia solar, como os custos de instalação, taxas de juros de empréstimos online, incentivos fiscais, descontos solares e economias na conta de energia elétrica. Este último aspecto varia conforme os custos de eletricidade na sua área, sendo que regiões com custos mais altos de serviços públicos geralmente apresentam tempos de retorno mais curtos.
Tempo médio de retorno para painéis solares
Embora o tempo médio de retorno do investimento em painéis solares varie entre 3 e 5 anos (Na Europa, por exemplo, esse tempo varia entre 8 e 12 anos), ele pode ser bastante diferente de uma residência para outra.
Em alguns casos, pode ser tão rápido quanto 2 anos, enquanto em outros pode levar até 8 anos. Os custos locais de eletricidade e incentivos financeiros específicos, como créditos fiscais, descontos solares são fatores cruciais nessa variação.
O que é considerado um tempo de retorno favorável para o investimento em painéis solares?
Para determinar se o retorno sobre o investimento em energia solar é satisfatório, considere a vida útil total do sistema.
A maioria dos sistemas solares residenciais tem uma vida útil de 25 a 30 anos. Se o tempo de retorno for de 3 anos, você terá um período de 22 a 27 anos em que o sistema estará gerando economias.
Não obstante, esse é um dado baseado na eficiência dos painéis, no geral ele podem e vão durar muito mais, veja que essa usina produz energia, como se estive “nova”. A “Energielabor” na Universidade de Oldenburg pode ser visto como símbolo da pesquisa energética pelo mundo. Foi planejado na década de 1970, quando a crise do petróleo desencadeou uma busca por novas formas de energia. E é hoje, a mais antiga matriz fotovoltaica do mundo.
Especialistas do setor solar geralmente concordam que, se o tempo de retorno for menor que a metade da vida útil do sistema, o investimento é considerado bastante rentável.
Outro aspecto a considerar é a taxa interna de retorno (TIR). Essencialmente, compare o investimento em energia solar com outras aplicações financeiras tradicionais. Qual seria o retorno necessário desses investimentos para superar o desempenho de um sistema solar?
Dependendo de suas estratégias de investimento, a instalação de painéis solares pode ter um retorno sobre o investimento superior ou inferior a outras opções como ações, imóveis ou outros tipos de investimentos. É crucial avaliar a TIR para assegurar a escolha mais acertada.
Como estimar o tempo de retorno de um sistema solar?
Embora seja complexo calcular com exatidão o tempo de retorno dos painéis solares, solicitar um orçamento a um instalador certificado pode fornecer uma estimativa bem próxima da realidade.
Segue uma explicação de como proceder:
- Calcule ou obtenha uma estimativa do custo total do sistema. Consulte um instalador solar na sua área para saber o custo bruto inicial do sistema, que dependerá do tamanho e do tipo de equipamento necessário, incluindo possíveis adições como baterias para armazenamento de energia solar.
- Se optar por financiar os painéis solares, leve em conta taxas de juros e custos adicionais. Caso decida por um empréstimo para financiar a instalação, é importante incluir no cálculo todas as despesas relacionadas ao financiamento.
- Determine o seu consumo médio anual de eletricidade e os custos associados para calcular a economia que a energia solar proporcionará. Os instaladores solares projetam sistemas que atendem ao seu consumo de eletricidade; no entanto, variações como mudanças sazonais devem ser consideradas. Conhecer o seu gasto anual com eletricidade pode ajudar a estimar suas economias potenciais.
- Considere a inflação energética. Ao calcular o custo da eletricidade, não esqueça que as tarifas tendem a aumentar ao longo do tempo. Você pode entrar em contato com sua companhia de energia para inquirir sobre aumentos futuros ou analisar faturas de anos anteriores para entender os padrões de aumento de tarifas.
- Divida o custo do sistema, já ajustado pelos incentivos financeiros, pela economia anual estimada na conta de luz. Esse cálculo indicará o número aproximado de anos necessários para que o sistema solar compense o investimento inicial. Cada mês de operação do sistema solar representa um ganho financeiro adicional após o ponto de equilíbrio.
Por fim, é importante destacar que a utilização de energia solar deve ser vista como parte de uma estratégia mais ampla de sustentabilidade e financeiramente mais eficiente.
É necessário adotar outras medidas para reduzir o consumo de energia, como a utilização de equipamentos mais eficientes e a implementação de práticas de gestão de energia.
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