Não é impossível, mas provavelmente não será melhor que por cabos condutores. Claro, que a tecnologia é algo impressionante e pode ser que um dia, algo supere os cabos físicos.
Tesla construiu uma torre de 60 metros na virada do século xx, em uma pequena cidade para realizar esse tipo de experiência, e não teve sucesso. Breves testes causaram efeitos que teriam assombrado os moradores locais.
Faíscas saíam do chão conforme eles andavam pelas ruas, penetrando em seus pés pelos sapatos. A grama ao redor do prédio de brilhava com luz azulada. Objetos metálicos segurados próximos a hidrantes descarregavam pequenos raios elétricos. Lâmpadas acendiam espontaneamente a quinze metros da torre sem nenhum contato.
No presente, a condução wireless de energia existe, mas não é eficiente. A tecnologia é usada no carregamento sem conectores para celulares, e etiquetas de RFID. Alguns efeitos colaterais da alimentação sem fios podem ser a geração de ruídos eletromagnéticos, entre outros inconvenientes.
Transformadores elétricos são tecnicamente um tipo de transmissão sem fios, porque que isolam fisicamente um circuito elétrico de outro, mas as perdas de energia são mínimas porque existem circuitos magnéticos que evitam as perdas e concentram os campos.
Quando o campo eletromagnético se dispersa no ar e a distância, o acoplamento é de baixo rendimento, podendo ter perdas de até 85% da energia.
Mas pode ser suficiente para alimentar sensores, ou qualquer outro dispositivo de baixíssimo consumo, que tenha um ótimo motivo para funcionar sem uma conexão com fios.
O fenômeno da ressonância, contribui para melhorar a eficiência deste tipo de transmissão de energia por campos magnéticos acoplados, e alguns dispositivos de curta distância estão sendo testados.
Uma boa aplicação em potencial, ainda distante da realidade prática, seria alimentar ônibus e carros elétricos ao passar por uma área lateral de carregamento sem fios.